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Espetáculos

de Gil Vicente . Classificação CCE M/12

A seguinte farsa de folgar foi representada ao muito alto e mui poderoso rei D. João, o terceiro do nome em Portugal, no seu Convento de Tomar, era do Senhor de MDXXIII. O seu argumento é que porquanto duvidavam certos homens de bom saber se o Autor fazia de si mesmo estas obras, ou se furtava de outros autores, lhe deram este tema sobre que fizesse: segundo um exemplo comum que dizem: mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube. E sobre este motivo se fez esta farsa.

cit. Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente

Tendo como mote o ditado popular  “mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube”, Gil Vicente escreveu esta comédia de costumes retratando o comportamento amoral da degradante sociedade da época.

Entre o «asno» e o «cavalo» do mote inicial temos Inês Pereira, a personagem principal, jovem casadoira mas exigente. O «asno» é Pêro Marques, o seu primeiro pretendente, que lhe é trazido por Lianor Vaz, alcoviteira típica do tempo.

Pêro Marques, morgado inculto, que nunca viu sequer uma cadeira, personifica a rusticidade. Inês recusa-o, pois pretende antes alguém que, à boa maneira da Corte, saiba fazer versos, cantar e dançar. Alguém como Brás da Mata, o segundo pretendente, que lhe é trazido por dois judeus casamenteiros.

Contudo, consumado o casamento, Brás da Mata, revela ser tirano, proibindo-a até de ir à janela e de cantar dentro de casa.

Encarcerada em sua própria casa, Inês encontra sua desgraça. Mas a desventura dura pouco, pois Brás da Mata torna-se cavaleiro e é chamado para a guerra, onde morre às mãos de um mouro.

Viúva e mais experiente, Inês aceita agora casar-se com Pêro Marques. Aproveitando-se da ingenuidade deste, trai-o descaradamente quando é procurada por um ermitão, que fora seu antigo apaixonado.

Marcam um encontro na ermida e Inês exige que o marido a leve ao encontro do ermitão. Para atravessar um rio que existe no meio do caminho, Pêro carrega a mulher às costas enquanto esta vai cantando uma canção alusiva à sua infidelidade e à mansidão do marido. Consuma-se assim o tema do ditado popular, “Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube”.

FICHA TÉCNICA

  • Encenação: 
    Ruy Pessoa
  • Assistência de encenação: 
    Ema Santos
  • Seleção Musical: 
    Né Campelo
  • Luminotecnia e Sonoplastia: 
    Paulo Santos & Sebastião Lapa
  • Contrarregra: 
    Vera Palminha
     
  • Cenário:
    Ruy Pessoa
     
  • Carpintaria: 
    José Augusto Pinto
  • Figurinos: 
    Ruy Pessoa
  • Costureira: 
    Donzília Faria; Antonieta Lopes
     
  • Fotografias:
    Elsa Vidigal
     
  • Produção: 
    Beatriz Passos; Mirian Azeredo;
    Susana Rato

 

ELENCO

  • Maria Louro
    Mãe
     
  • Pedro Maralma
    Vidal
     
  • Paulo Lima
    Latão
     
  • Nelson Dias  
    Moço
     
  • Miguel dos Santos
    Pêro Marques, Fernando
     
  • Beatriz Nunes
    Inês Pereira
     
  • Patrícia Marques
    Lianor Vaz, Luzia
     
  • Fernando Jorge Oliveira
    Escudeiro, Ermitão

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