Os primeiros poemas foram escritos aos 12 anos. Só aos 24 anos publicou, às suas custas, o primeiro livro intitulado «Poesia» (1944).
Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, de quem teve cinco filhos, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua atividade entre a poesia e a atividade cívica. Esteve desde cedo ligada a movimentos de luta antifascista, tendo sido uma notória ativista contra o regime salazarista: apoiou, com o marido, a candidatura do General Humberto Delgado; subscreveu o
“Manifesto dos 101″, um documento da autoria de um grupo de ativistas católicos contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política do Governo de Salazar; fundou e integrou a Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos.
Depois do 25 de abril, foi Deputada à Assembleia Constituinte. Foi público também o seu apoio à causa timorense.
Os seus principais poemas de resistência política foram reunidos na antologia Grades (1970), sem prejuízo de a aspiração à liberdade e à justiça impregnarem toda a sua obra, como uma ética poética que lhe fosse natural.
Colaborou em revistas literárias: «Cadernos de Poesia» (1940-42), «Árvore» (1951-1958) e «Távola Redonda» (1950-1954). A sua obra abrange a poesia, o conto, sobretudo infantil, o ensaio e a tradução. No seu mundo poético, o mar, a terra, a casa, a infância e a família ocupam um espaço privilegiado.
Sophia de Mello Breyner Andresen é considerada uma das poetisas e escritoras de livros para crianças mais importantes da Literatura Portuguesa. Possui uma obra vastíssima, que inclui, contos e obras poéticas. Os seus livros relatam as vivências da autora durante a infância. Por exemplo, para escrever A Floresta a autora inspirou-se na quinta da avó onde costumava passar férias enquanto criança.
Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões em 1999. Recebeu também o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. Foi a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão, que, para além do valor pecuniário de 42 070 euros, significa ainda a edição de uma antologia bilingue (português-castelhano), o que levará a autora a um vastíssimo público que cobre os países latino-americanos.
Fontes: http://thegoodarticle.com/sophia-de-mello-breyner-andresen/
Peças Teatrais
- O Colar (2001)
- O Bojador (2000)
- O Azeiteiro (2000)
- Filho de Alma e Sangue (1998)
- Não chores minha Querida (1993)