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Curiosidades

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

Poetisa e contista portuguesa, nasceu no Porto, a 6 de novembro de 1919, no seio de uma família aristocrática, e aí viveu até aos dez anos, altura em que se mudou para Lisboa.

De origem dinamarquesa por parte do pai, a sua educação decorreu num ambiente católico e culturalmente privilegiado que influenciou a sua personalidade. Frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, não tendo todavia chegado a concluí-lo.

Sophia de Mello Breyner Andresen

 

Os primeiros poemas foram escritos aos 12 anos. Só aos 24 anos publicou, às suas custas, o primeiro livro intitulado «Poesia» (1944).

Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, de quem teve cinco filhos, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua atividade entre a poesia e a atividade cívica. Esteve desde cedo ligada a movimentos de luta antifascista, tendo sido uma notória ativista contra o regime salazarista: apoiou, com o marido, a candidatura do General Humberto Delgado; subscreveu o 

“Manifesto dos 101″, um documento da autoria de um grupo de ativistas católicos contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política do Governo de Salazar; fundou e integrou a Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos.

Depois do 25 de abril, foi Deputada à Assembleia Constituinte. Foi público também o seu apoio à causa timorense.
Os seus principais poemas de resistência política foram reunidos na antologia Grades (1970), sem prejuízo de a aspiração à liberdade e à justiça impregnarem toda a sua obra, como uma ética poética que lhe fosse natural.

Colaborou em revistas literárias: «Cadernos de Poesia» (1940-42), «Árvore» (1951-1958) e «Távola Redonda» (1950-1954). A sua obra abrange a poesia, o conto, sobretudo infantil, o ensaio e a tradução. No seu mundo poético, o mar, a terra, a casa, a infância e a família ocupam um espaço privilegiado.

Sophia de Mello Breyner Andresen é considerada uma das poetisas e escritoras de livros para crianças mais importantes da Literatura Portuguesa. Possui uma obra vastíssima, que inclui, contos e obras poéticas. Os seus livros relatam as vivências da autora durante a infância. Por exemplo, para escrever A Floresta a autora inspirou-se na quinta da avó onde costumava passar férias enquanto criança.

Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões em 1999. Recebeu também o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. Foi a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão, que, para além do valor pecuniário de 42 070 euros, significa ainda a edição de uma antologia bilingue (português-castelhano), o que levará a autora a um vastíssimo público que cobre os países latino-americanos.

Fontes: http://thegoodarticle.com/sophia-de-mello-breyner-andresen/

 

Peças Teatrais

  • O Colar (2001)
  • O Bojador (2000)
  • O Azeiteiro (2000)
  • Filho de Alma e Sangue (1998)
  • Não chores minha Querida (1993)

 

Bibliografia

Poesia e Prosa

Poesia

  • 1944 - Poesia 
  • 1947 - O Dia do Mar
  • 1950 - Coral 
  • 1954 - No Tempo Dividido 
  • 1958 - Mar Novo 
  • 1961 - O Cristo Cigano 
  • 1962 - Livro Sexto 
  • 1967 - Geografia 
  • 1970 - Grades 
  • 1971 - 11 Poemas 
  • 1972 - Dual
  • 1975 - Antologia
  • 1977 - O Nome das Coisas
  • 1983 - Navegações
  • 1989 - Ilhas 
  • 1994 - Musa 
  • 1994 - Signo 
  • 1997 - O Búzio de Cós
  • 2001 - Mar (antologia organizada por Maria Andresen de Sousa Tavares)
  • 1999 - Primeiro Livro de Poesia
  • 2001 - Orpheu e Eurydice 

 

Prosa

  • 1962 - Contos Exemplares
  • 1984 - Histórias da Terra e do Mar

Contos Infantis e Teatro

Contos Infantis

  • 1958 - A Menina do Mar 
  • 1958 - A Fada Oriana 
  • 1959 - A Noite de Natal 
  • 1964 - O Cavaleiro da Dinamarca 
  • 1966 - O Rapaz de Bronze 
  • 1968 - A Floresta 
  • 1970 - O Tesouro 
  • 1985 - A Árvore 

 

Teatro

  • 1993 - Não chores minha Querida 
  • 1998 - Filho de Alma e Sangue 
  • 2000 - O Azeiteiro 
  • 2000 - O Bojador 
  • 2001 - O Colar

Ensaio e Traduções

Ensaio

  • 1956 - A poesia de Cecíla Meyrelles
  • 1958 - Cecília Meyrelles 
  • 1960 - Poesia e Realidade 
  • 1967 - Hölderlin ou o lugar do poeta
  • 1975 - O Nu na Antiguidade Clássica
  • 1976 - Torga, os homens e a terra
  • 1980 - Luiz de Camões. Ensombramentos e Descobrimentos
  • 1982/1984 - A escrita (poesia)

 

Traduções 

  • 1960 - A Anunciação de Maria (de Paul Claudel)
  • 1962 - O Purgatório (de Dante)
  • 1964 - "A Hera", "A última noite faz-se estrela e noite" (Vasko Popa); "Às cinzas", "Canto LI", "Canto LXVI" (de Pierre Emmanuel)
  • 1964 - "Imagens morrendo no gesto da", "Gosto de te encontrar nas cidades estrangeiras" (de Edouard Maunick)
  • 1964 - Muito Barulho por Nada (de William Shakespeare) 
  • 1964 - Medeia (de Eurípedes)
  • 1965 - Hamlet (de William Shakespeare)
  • 1967 - "Os reis Magos" (poema de Eré Frene)
  • 1970 - Quatre Poètes Portugais (Camões, Cesário Verde, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa)
  • 1979 - A Vida Quotidiana no Tempo de Homero (de Émile Mireaux)
  • 1980 - Ser Feliz (de Leif Kristianson)
  • 1981 - Um Amigo (de Leif Kristianson)

Antologias Organizadas pela Autora

  • 1964 - Poesia Sempre I (Em colaboração com Alberto de Lacerda)
  • 1964 - Poesia Sempre II
  • 1991 - Primeiro Livro de Poesia

Prémios

Prémios

  • 1964 - Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, atribuído a Livro Sexto.
  • 1977 - Prémio Teixeira de Pascoaes
  • 1979 – Medalha de Verneil da Societé de Encouragement au Progrés, de França
  • 1983 - Prémio da Crítica, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, pelo conjunto da sua obra
  • 1989 - Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus
  • 1990 - Grande Prémio de Poesia Inasset / Inapa; Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia
  • 1992 - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças
  • 1993 - Grande Prémio Vida Literária APE/CGD
  • 1995 - Prémio Petrarca Associação de Editores Italianos
  • 1995 – Homenagem de Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Lisboa, pelo cinquentenário da publicação do primeiro livro “Poesia”
  • 1995 - Outubro – Placa de Honra do Prémio Francesco Petrarca, Pádua, Itália
  • 1996 - Homenageada do Carrefour des Littératures, na IV Primavera Portuguesa de Bordéus e da Aquitânia
  • 1998 - Prémio da Fundação Luís Miguel Nava
  • 1999 - Prémio Camões (primeira mulher portuguesa a recebê-lo)
  • 2000 - Prémio Rosalia de Castro, do Pen Clube Galego
  • 2001 - Prémio Max Jacob Étrange
  • 2003 - Prémio Rainha Sophia de Poesia Ibero-americana

Condecorações

Condecorações

  • 9 de Abril de 1981 - Portugal Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal
  • 13 de Fevereiro de 1987 - Portugal Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal
  • 6 de Junho de 1998 - Portugal Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal 

 

Outras curiosidades

Dante – (Divina Comédia)

A Divina Comédia de Dante está dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.

Cada uma de suas partes está dividida em cantos, compostos de tercetos. A composição do poema é baseada no simbolismo do número 3, que simboliza a Santíssima Trindade,assim como também o equilíbrio e a estabilidade em algumas culturas, e que também tem relação com o triângulo. Possui três personagens principais: Dante, que personifica o homem; Beatriz, que personifica a fé; e Virgílio, que personifica a razão.

Dante - Divina Comédia

Cada estrofe tem três versos e cada uma de suas três partes contém 33 cantos. O Inferno, entretanto, possui 34 versos em função da introdução ao poema.

 

Os três livros que compõem a Divina Comédia são divididos em 33 cantos, com aproximadamente 40 a 50 tercetos. No total, são 100 cantos e 14.233 versos. Os lugares de cada livro (o inferno, o purgatório e o paraíso) são divididos em nove círculos cada, formando no total 27 (o número 3 elevado à terceira potência). Os três livros rimam no último verso, pois terminam com a mesma palavra: stelle, que significa “estrelas”.

Segundo Dante, o Purgatório é um espaço intermediário, que se encontra na porção austral (sul) do planeta onde existe uma única ilha. Dante encontra nesta ilha uma montanha composta por círculos ascendentes, reservado àqueles que se arrependeram em vida de seus pecados e estão em processo de expiação dos mesmos. No Purgatório as almas assistem às punições das outras almas que por pecarem mais “intensamente” foram para o Inferno.

No início da subida da montanha estão esperando arrependidos tardios, que têm que aguardar a permissão para passarem pela Porta de São Pedro antes de iniciarem a tão desejada subida. Cada um dos sete círculos correspondem a um dos Sete pecados mortais na seguinte ordem: Orgulho, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza junto ao Pródigo, Gula e Luxúria. Os Avarentos e Pródigos estão juntos no mesmo círculo, pois são os dois extremos, onde o avarento supervaloriza o dinheiro e o Pródigo o desperdiça.

No fim do Purgatório, Dante despede-se de Virgílio, pois este não pode ter acesso ao Paraíso. Lá encontra Beatriz, sua amada quando estava na Terra. Esta leva-o até o rio Letes. Quando Dante bebe a água do Letes, esta apaga a sua memória e os seus pecados, é como se Dante tivesse renascido.

  • Sabes porque é que se chama comédia?
    (Não porque tenha piada ou seja engraçada, mas porque termina bem)
     
  • Por falar em 33… Sabes quantas vértebras tem a tua coluna vertebral?
    São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.
     
  • E sabes com que idade morreu Jesus Cristo?
    (33 anos)
     
  • O rio Letes fica em Ponte de Lima????
    • Conta-se que, no ano 135 antes de Cristo, o general romano Décio Juno Bruto atingiu, à frente de uma legião, a margem do rio Lima. A beleza do local estonteou de tal forma os soldados que estes se recusaram a atravessar o rio. Estavam convencidos que tinham alcançado o Letes. Segundo a mitologia greco-romana as águas deste rio provocavam a total perda de memória a quem as atravessasse ou delas bebesse. O Letes era o rio do esquecimento. Como tal, os legionários recusaram-se a atravessá-lo. Para fazer com que eles atravessassem o rio, o general Décio Juno Bruto teve de dar o exemplo, passando para a outra margem do rio. Quando lá chegou, começou a chamar os soldados pelos seus respetivos nomes, provando assim que o rio Lima não era o Letes, pois se o fosse não seria capaz de se lembrar do nome dos seus homens.
       
  • Sophia de Mello Breyner faleceu em 2 de julho de 2004 com 84 anos. Em 2 de julho de 2014, os restos mortais da escritora foram transladados para o Panteão Nacional.
     
  • Sophia de Mello Breyner Andresen e Amália Rodrigues são as duas únicas mulheres sepultadas no Panteão Nacional.

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