A Companhia está convicta de que, ao representar textos que integrem e/ou foquem temas abordados no programa curricular, criando espetáculos interativos, permitirá aos alunos uma maior proximidade e compreensão desses mesmos textos e/ou temas, incutindo-lhes, do mesmo modo, o gosto pela Arte Teatral.
A aposta ganha numa aproximação do texto ao público-alvo, tornando uma visita ao teatro um prazer e não somente uma aula, fazendo com que os alunos passem a olhar os textos e temas curriculares de uma forma diferente, redescobrindo igualmente o prazer de ler outras obras dos mesmos autores.
Procurando manter uma abordagem dramatúrgica que visa em primeiro lugar uma aproximação do aluno ao texto e ao espetáculo, O SONHO procura quebrar a “quarta parede” e promover uma interação direta público/ator e, consequentemente, público/autor. Simultaneamente, a Companhia pretende promover e incentivar novos autores e novas abordagens/criações dramatúrgicas. Assim, em 2002, estreia “Histórias Vividas”, de Né Campelo, um espetáculo baseado na obra “O Principezinho”, de Antoine de Saint Exupéry.
Em 2003, sobem à cena os espetáculos “Os Poetas pela Mão de Tito Lívio”, espetáculo interativo de poesia, “Salada de Contos”, da autoria de Ana Castro e Ruy Pessoa, e “Mãe Terra” da autoria de Né Campelo e Ruy Pessoa, direcionados para o público escolar.
Ainda no mesmo ano, estreia o espetáculo “Cabaret para Três Actores”, da autoria de Cátia Nunes, Hugo Amaro, Ruy Pessoa e Tito Lívio, destinado ao público geral.
Merece especial destaque o espetáculo “Mãe Terra” que, quer pela pertinência da sua temática quer pela sua atualidade, foi calorosamente recebido pelo público. O próprio Ministério da Educação considerou que este espetáculo «poderá ser um instrumento qualificador das práticas pedagógicas, dado o seu contributo para a introdução de temáticas relacionadas com a educação ambiental, para a promoção da cidadania e igualmente, para o desenvolvimento de competências pessoais e sociais.» (in Ofício nº 2950 de 05/02/2007 da Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular)
Na Temporada 2005/06, a Companhia estreia dois novos espetáculos que, apesar de serem textos curriculares programáticos, se destinam também ao público geral:
“Os Lusíadas de Calções”, de Né Campelo, inspirado no grande poema épico português “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões, que integrou a 16ª Semana da Juventude da Câmara Municipal de Lisboa e que se manteve em cena durante 10 temporadas consecutivas, até maio de 2015;
“O Cavaleiro da Dinamarca”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, livremente adaptado por Ruy Pessoa, que se manteve em cena durante 13 temporadas consecutivas, até março de 2018.
Em 2006, o Ministério da Educação considera o trabalho desenvolvido pel´O SONHO «com interesse didático, pedagógico e de qualidade estética e artística». (in Ofício nº 11720 de 30/10/2006)
Em 2009/10, de forma a dar resposta aos inúmeros pedidos por mais espetáculos dirigidos ao público infantil, e graças ao êxito obtido em temporadas anteriores, é reposta uma versão renovada do espetáculo “Salada de Contos”, que se manteve em cena na temporada 2010/11.
Reconhecendo também a qualidade do trabalho que O SONHO desenvolveu junto do público escolar (alunos e professores), a Companhia foi convidada pela Porto Editora, em 2011/12, para gravar dois audiobooks: «Dito e Feito» e «Expressões» (destinados aos 6º e 12º anos de escolaridade, respetivamente).
Pela qualidade do resultado final obtido nos referidos trabalhos, a Porto Editora, em 2012/13, reitera o convite à Companhia para gravar mais dois audiobooks: «(Para)Textos – Português» e «Viagens – Literatura Portuguesa» (destinados aos 9º e 12º anos de escolaridade, respetivamente).
Na mesma temporada, O SONHO cede as fotografias de cena do espetáculo “Auto da Barca do Inferno”, captadas pelo fotógrafo Luís Lopes, para a ilustração do manual do 9º ano «(Para)Textos – Português», da Porto Editora.
A parceria da Companhia com a Porto Editora mantém-se nos anos subsequentes: em 2013/14, com o audiobook «Viagens – Literatura Portuguesa» (e-Manual Premium online, para o 11º ano de escolaridade) e em 2014/15, com o audiobook «Outras Expressões» (para o 10º ano de escolaridade).
A temporada de 2015/16 é marcada pela estreia de três espetáculos: “Farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente, “Leandro, O Rei da Helíria”, de Alice Vieira e “Aquilo que os olhos veem ou o Adamastor”, de Manuel António Pina.
Em 2017/18, a Companhia cede as suas fotografias de cena, da autoria de Luís Lopes, do espetáculo “Auto da Barca do Inferno”, para a publicação no manual «Preparação para a Prova Final – 9º ano», da editora Educação Nacional.
O Sonho orgulha-se de inaugurar, em 2019, o seu novo espaço de espetáculos onde celebrou 2 décadas de existência.
Em 2020, vê a sua atividade interrompida devido à Pandemia COVID-19. Toda a programação que a Companhia O Sonho tinha prevista para o ano letivo 2020/21 passou para o seguinte.
Na temporada 2021/22, a Companhia O SONHO retomou a sua atividade e colocou em cena os espetáculos “Auto da Barca do Inferno”, “Farsa de Inês Pereira", "Leandro, Rei da Helíria" e "Aquilo que os olhos veem ou o Adamastor".
De outubro a dezembro de 2022, subiu à cena o espetáculo infantil “À Procura de um Amigo”, escrito e encenado por Ruy Pessoa.
A temporada 2022/2023, marca o regresso à normalidade com apresentações dos espetáculos de Gil Vicente, Alice Vieira e Manuel António Pina.
No mesmo período, a Companhia O SONHO cede imagens do espetáculo "Auto da Barca do Inferno" para um manual escolar da Editora Educacional Brasileira FTD, originando uma colaboração com o Brasil. Fotografias do mesmo espetáculo, com autoria de Elsa Vidigal, podem também ser encontradas no livro Coleção de Clássicos da Literatura em Banda Desenhada, para jovens, da Editora Levoir em parceria com a RTP.